Medicamentos retidos prejudicam hospitais e laboratórios
A greve dos servidores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que teve início no dia 16 de julho tem comprometido o funcionamento de hospitais e laboratórios de todo o País. Empresas estão há mais de 40 dias com cargas paradas.
Com a paralisação, as indústrias e fornecedores de produtos e insumos para a saúde começam a registrar falta de medicamentos destinados ao uso diário em pacientes de várias doenças. Além disso, também faltam kits para exames clínicos, antifúngicos destinados ao combate das infecções hospitalares e insulina para diabéticos.
De acordo com a médica patologista Cláudia Partel, o prazo de entrega de alguns exames quadruplicou e chega a oito dias. Entre eles estão os diagnósticos de pacientes com diabetes e câncer.
No Hospital das Clínicas de Marília, SP, um dos mais importantes da região, a situação é ainda mais crítica. A falta de medicamentos e produtos está levando o Hospital a desmarcar cirurgias. O sangue doado para ser utilizado em transfusões em geral, não chega aos pacientes porque os kits usados para fazer a análise vêm de fora do país e estão retidos no porto de Santos.
O setor que trata de pessoas com câncer na Santa Casa de Marília também sofre com a paralisação. O hospital está recorrendo ao estoque de emergência para evitar que os pacientes tenham que interromper o tratamento. Entretanto, os medicamentos duram no máximo uma semana.
Outro lado
Em nota, o setor de comunicação da Anvisa disse que não tem informações sobre o desabastecimento de medicamentos por parte das secretarias da Saúde.
A nota diz que, desde o início da greve, a diretoria da Anvisa estabeleceu os serviços essenciais a serem garantidos pelos servidores, incluindo medicamentos e insumos de saúde.
fonte: Guia da Farmácia